quarta-feira, 27 de agosto de 2008

E lá se foi Beijing 2008

Faz tempo que não falo sobre esportes aqui, mas, para uma Olimpíada, não poderia deixar de fazê-lo. Na realidade, podia até ter feito antes, mas preferi me abster. Recusei-me abordar o evento com antecedência para não fazer como uma série de outros veículos fizeram, com especulações e previsões de medalhas... Decepcionando o Brasil...

Assim como aconteceu com nosso país há 50 anos, quando ganhamos nosso primeiro mundial de futebol e o mundo virou os olhos para o Brasil, em 2008 o planeta passou a conhecer a China e a China o resto do planeta.

Foram exatos 17 dias desde o dia 8 de agosto de 2008, quando Li Ning acendeu a pira após voar pela circunscrição do estádio "Ninho de Pássaro" e deu início aos XXIX Jogos Olímpicos de Pequim. Dias inesquecíveis, não apenas para mim (que infelizmente não pude acompanhar de forma mais intensa todos os eventos), mas para todos que vivenciaram o maior espetáculo esportivo de todos os tempos. Maior em todos os sentidos: Um investimento de mais de 40 bilhões de dólares; com a participação de 205 países e 9.600 atletas; com o maior número de recordes quebrados na história, enfim...

Foram 958 medalhas "distribuídas"; oito delas só para Michael Phelps, que teve 100% de aproveitamento em seus planos (ganhou todas as provas que disputou, fora os sete recordes mundiais) e se consagrou como o maior vencedor Olímpico de todos os tempos. Além de Phelps, outros nomes também ficaram imortalizados como o do corredor jamaicano Usain Bolt, que provou ser o homem mais rápido do mundo, ao correr 100m rasos em 9s69 e 200m em 19s30, Kobe Bryant, ala-armador que comandou a seleção dos EUA na missão de reconquistar a hegemonia americana no basquete, a saltadora russa Yelena Isinbaeva, que bateu seu próprio recorde mundial no salto com vara (ela já o tinha feito antes outras 14 vezes), ao saltar 5,05m, entre tantos outros.

E o que dizer da China? No pós-olímpico, o país se torna uma incontestável potência mundial. Além de comandarem com maestreza a realização dos Jogos, "de quebra", tomaram a frente dos Estados Unidos no ranking de medalhas, terminando com o total exato de 100; sendo 51 ouros contra os 36 norte-americanos, que terminaram com 110 medalhas no total... Pois é, os números dizem tudo.

E o Brasil? Heim?

Nosso país, como disse no início do texto, decepcionou. Deixamos a desejar em momentos decisivos e acabamos desperdiçando a oportunidade de deslanchar no quadro de medalhas e não acabar apenas na 23ª posição; com um total de 15 medalhas, sendo três ouros.

Jade Barbosa, Jardel Gregório, Daiane dos Santos, Thiago Pereira, João Derly, Edinanci Silva, Rodrigo Pessoa, Diego Hipólito, no individual; e a seleção de Dunga, de Bernardinho, Ricardo e Emanuel, as meninas do futebol feminino, Márcio e Flávio, no coletivo; são alguns exemplos daqueles que falharam. Mas não os culpo e não deixo de ficar orgulhoso por termos tantos nomes conhecidos mundialmente, num país com tão pouco investimento nos esportes em geral.

Agora, não posso deixar de aclamar e idolatrar Maurrem Maggi, Cesar Cielo e nossas meninas do Vôlei, eles sim souberam fazer a diferença.

Que venha Londres em 2012!

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