A Palavra é do Visitante

Participação: Evelyn Teixeira

Idade, amigos e outras coisas inevitáveis

Poucos encaram com naturalidade o envelhecimento. A idade chega como um peso na vida das pessoas. As rugas surgem, o corpo cansa e a saúde não é a mesma de vinte anos atrás. Na faixa dos 30, ou até mesmo antes, começa uma incansável luta para esconder os anos vividos. Muita ginástica, cremes, plásticas, dentre outros recursos. Mas a idade vai muito além da mera aparência física. A idade é para ser contada a partir dos amigos, das experiências e do número de pessoas que passaram pela sua vida.

Pense no seu aniversário de 40 anos. Quantos amigos você acha que estarão lá? Imagine você comemorando seus 40 anos cercado de amigos de infância, da sua família e de tanta gente querida? Isso é a idade. A idade são as pessoas que te cercam. É ouvir aquela música e dizer para quem estiver do seu lado: “Lembra de como a gente gostava disso?”. É rir dos planos para o futuro que nem deram tão certo e concluir: “Ainda bem!”. É sentir que a vida toma rumos que independem de nós, mas são sempre bem tomados e adoráveis.

Envelhecer é conseguir enumerar os momentos inesquecíveis, pois mesmo que poucos, a intensidade deles é o que conta. É saber entender o que foi feito em cada momento, e mesmo que estranhe alguma atitude tomada, saiba que na época, ela foi sensata e condizente com o momento. Ter mais idade é olhar para trás e ter motivos para chorar e sorrir. Não importa a proporção, esses momentos são válidos de qualquer forma.

Enfim, o medo do envelhecimento é uma grande bobagem. Em vez de se preocupar com os cremes ou com a plástica, se preocupe com o momento que está vivendo. Viva da melhor maneira possível. E daqui a 20 anos você vai perceber que suas rugas são motivos de orgulho e não de tristeza.

Evelyn Teixeira é estudante de jornalismo, estagiaria de marketing e acha que não sabe escrever textos de alto teor intelectual. É ainda editora do blog Impressões Cotidianas (http://www.impressoes-cotidianas.blogspot.com).