quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O mundo é das Kombis

Elas param em fila dupla, recolhem e deixam passageiros em qualquer lugar. Não têm lanternas nem faróis e ainda possuem aquela buzina inconveniente anunciando todo o trajeto. Algumas são enferrujadas, têm as portas caindo e pneus carecas. A maioria, não é legalizada. Essa é a realidade do transporte alternativo que circula pela nossa cidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), só no município do Rio, são 5.850 vans cadastradas (E as que não são? Não quero nem imaginar!) e cerca de cem cooperativas existentes. Esse tipo de transporte toma conta das ruas.

É fato que, no sufoco, todos nós já pegamos uma Kombi altas horas da noite (Desculpe se alguém nunca pegou!), mas o risco é grande. Voltando da faculdade, normalmente por volta das 21, 21h30, acabo me rendendo ao "luxo" de pegar uma, afinal, devido ao horário, é difícil passar um ônibus da linha que me serve e as Kombis passam a toda hora. Porém, dia desses parei para refletir, ao me ver em uma situação, digamos, inusitada - o "piloto" me perguntou onde eu desceria, pois ele não passaria por determinado local, já que estava acontecendo uma blitz - e fiquei imaginando: "e se acontece um acidente?", " e se o veículo é parado em uma dessas blitzes comigo dentro?", "será que eu teria alguma 'garantia?'" (Ah,ah,ah... Boa essa, não é?). Situação complicada.

Não estou aqui para aplicar uma solução (Se é que há!), mas acredito que seria interessante que as autoridades revissem o atual momento visando uma melhora do setor. O transporte público, que até hoje não entendo porque é feito por empresas privadas, deve ser repensado e, de prefêrência, beneficiar o cidadão e não apenas os donos das empresas.

Vamos ficar atentos!

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