terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Palavra é do Visitante

Participação: Beatriz Nunes

Faça valer à pena

As eleições municipais estão se aproximando. E você, já escolheu o seu candidato? Já buscou saber sobre as suas propostas? Hoje em dia, é raro alguém se interessar por isso. Baseio-me pelos meus próprios amigos, a maioria jovem, que deveriam expor suas vontades, desejos e críticas, mas infelizmente isto não acontece e a população acaba sofrendo as conseqüências que os próprios jovens impõem. Por exemplo, a greve dos professores na UERJ e as badernas que os estudantes têm feito por lá, isso é uma conseqüência da falta de interesse dos eleitores, pois ajudaram a colocar quem não devia no poder.

Geralmente, é muito difícil encontrar alguém que assista ao Horário Eleitoral Gratuito, a maioria desliga a televisão, tira um cochilo até começar a novela, janta, toma banho, enfim, ocupa esses trinta minutos de propaganda eleitoral de alguma forma que não seja assistir “aquela coisa chata” que muitos pensam. E ainda há aqueles que dizem que só tem político corrupto e que não vale à pena perder tempo ouvindo as mesmas coisas de sempre. Talvez, se o eleitorado tivesse pesquisado o passado dos candidatos, bem como as promessas que foram cumpridas, entrevistas e debates, haveria uma chance de as coisas melhorarem e das pessoas retomarem a esperança de que ainda pode-se fazer uma política eficaz.

Engana-se quem diz que isso é uma utopia e de que nada mais tem solução. A nossa sociedade é o que nós fazemos, são as nossas atitudes. Não adianta reclamar se nós mesmos não fazemos por onde. Costumo dizer que “ninguém saberá que você está com dor de cabeça se você não falar”, portanto, é difícil haver uma política significativa se os eleitores não buscarem, não se interessarem para que possam fazer, do seu voto, uma arma poderosa, capaz de decidir o futuro de muitas pessoas.

Enfim, lógico que não é, somente, o desinteresse da população o culpado pelo andamento de todo esse processo, mas é, sim, uma grande parcela que contribui para a eleição de maus candidatos – seja por falta de interesse ou por influência. Veja se você é um eleitor oculto e, se for, faça valer a sua palavra. Pense nisso!






Beatriz Nunes é pedagoga formada pela Universidade Estácio de Sá e apaixonada por música, dança e esportes.

6 comentários:

Anônimo disse...

Que honra estar aqui rs! Mas é sério mesmo!!
Valeu Fernando... pelo convite e por dividir esse espaço com a gente!

Anônimo disse...

caaraaaca! Bia falou bonitoo!
ehieuheie
adoreei ;)

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Ih, Bia. Desculpe, mas tenho que discordar de você. Já perdi a fé na política há algum tempo. Pode me chamar de alienada, apolitizada. Mas é interessante como esses políticos só vêm nos oferecer alguma coisa de quatro em quatro anos, quando as eleições se aproximam. Acredito que política não se faz através de promessas, e sim atitudes, que infelizmente vemos não serem tomadas a tempo.Por isso não assisto à propaganda política. Claro que não tiro a parcela de responsabilidade do eleitor. Entretanto, é um ciclo vicioso: a irresponsabilidade de um gera o descrédito do outro, e a situação não resolve.
Parabéns pelo texto! Abraços!

Anônimo disse...

Muito bem Bia! Gostei!
Os jovens têm o poder nas mãos, mas a maioria não tem a menor noção disso. Fazem exatamente aquilo que os que estão no poder querem, ou seja, que sejam alienados e fiquem quietos, que não os incomodem.

Flavio Costa disse...

Não sei qual o autor da frase "o pior alienado é o alienado político.", entretanto, esta relata perfeitamente o estado em que se encontra a maioria dos brasileiros.

Isso não é de hoje. Basta conhecer um pouco de nosso passado recente, para saber que o povo se omitiu em diversos eventos históricos, por inúmeras variáveis, mas acima de tudo, por desconhecimento de seu papel como agente ativo de mudança.

É fundamental que as pessoas participem do processo político, diariamente. Batalhando no trabalho, aumentando seu conhecimento nas escolas e universidades, sendo mais cidadão, conhecendo os problemas de sua cidade.

Conhecer a história do pais, do estado ou de nossa cidade, pode nos mostrar que caminhos os partidos e/ou políticos tomaram no passado e que caminhos estão seguindo agora, porque, para que e principalmente, para quem!

O descrédito nos políticos não pode ser justificativa em não acompanhar a vida política. Somos responsáveis por nossos atos, a começar pela eleição de nossos representantes. Escolhendo um representante, baseado em argumentos e propostas coerentes, que tem viabilidade de se realizarem, estaremos "filtrando" os oportunistas e carreiristas, que figuram a cada eleição.

Torço para que as pessoas se interessem mais por política e esqueçam aquela velha máxima que diz "futebol, política e mulher: não se discute!". Talvez, por não discuti-los, muitas das escolhas são feitas de forma equivocada.

Um abraço e parabéns pelo texto.