Um verdadeiro show verde-e-amarelo

Os Jogos Paraolímpicos de 2008 chegaram ao fim hoje e, mais uma vez, marcaram pela superação. A delegação brasileira bateu seu recorde e ficou em nono lugar no quadro de medalhas - trouxe 47 medalhas no total (contra as 33 de Atenas, há quatro anos), sendo 16 ouros; outra marca histórica.

Nomes como o do nadador Daniel Dias, que conquistou nada menos que nove medalhas, sendo quatro delas de ouro; Lucas Prado, velocista da classe T11, para deficientes visuais, que volta para casa com 100% de aproveitamento - ganhou o ouro nos 100, nos 200 e nos 400m rasos - e Terezinha Guilhermina, ouro nos 200m rasos (também na categoria t11), entre outros, ficarão marcados para sempre.

Todos estes provindos de um país que, se não investe nos esportes dos atletas ditos "normais" (que por sinal ficaram devendo esse ano), investe menos ainda (se é que investe) nos paraolímpicos, o que é uma pena.

A mídia também não coopera. Se determinados canais passavam e abordavam as Olimpiadas durante toda sua programação e envolveram milhares de repórteres no acompanhamento das competições, apenas canais fechados deram a devida (?) cobertura às atividades paraolímpicas. Outra vergonha.

Enfim, parabenizo os Atletas Paraolímpicos Brasileiros (isso mesmo, com as iniciais maiúsculas), que deram um verdadeiro show verde-e-amarelo em Pequim, e espero que as práticas paraolímpicas passem a ser mais valorizadas nos próximos anos - principalmente no Brasil; aspirante às Olimpíadas de 2016.