terça-feira, 21 de outubro de 2008

Impresso X Digital

O caderno "Prosa & Verso" do Jornal O Globo do último domingo trouxe uma matéria do enviado especial do jornal a Frankfurt, Miguel Conde, que me deixou uma dúvida. O nome da reportagem é "Páginas Virtuais" e a questão que me veio à cabeça é: O que será dos livros impressos?

Nunca acreditei na possibilidade de um veículo de comunicação substituir, ou mesmo acabar, com outro. Foi assim com o jornal quando surgiu o rádio; com o rádio quando surgiu a TV; e com a TV quando surgiu a internet; um passou a ser um "complemento" do outro. Porém, o que vemos hoje é uma tecnologia inovadora e que pode sim dar fim ao livro tradicional.

O texto de Miguel diz que "na maior feira de livros do mundo [a feira de Frankfurt], 30% dos produtos em exibição não podem ser folheados, pelo menos não da maneira convencional. Quase um terço dos itens expostos (...) são digitais...". E ai? O que dizer sobre isso?

A popularização de leitores de livros eletrônicos, como o Kindle e o Sony Reader, que hoje já oferecem uma legibilidade bem próxima a do papel, e dos e-books, faz com que fiquemos cada vez mais próximos de uma realidade sem o livro impresso.

Imagine só: Você carregando um aparelho pouco maior que um celular onde, dependendo de sua capacidade, você pode armazenar até 200 títulos. Só a economia de espaço impressiona. E não é apenas isso: Você também pode fazer anotações, sublinhar os trechos mais importantes, tudo isso com apenas um toque na tela. Caramba! Que diferença...

Não acredito que nada substitua um livro (livro mesmo, de papel!) e espero fielmente que esse advento não afete a popularidade dos impressos, mas a tendência não é essa. Pode ser que, no futuro, o Livro se torne algo raro... Como é um LP hoje em dia...

2 comentários:

professordecastro disse...

É isso aí, Fernando, mas realmente para os mais "antigos" ou saudosistas o livro de Guttenberg creio que ainda prevalecerá. Lembro da grande Cecília Meireles que se sentia profundamente atraída pelo "objeto" livro, seu dorso, sua capa "marmorada", enfim. Difícil crer - ao menos ao ver deste que vos escreve - que as novas tecnologias abolirão definitivamente as obras trazidas pelos copistas...

Willian Moreira disse...

Olá Fernando Amaral meu amigo!!!

Creio que futuramente com toda esta parafernália digital acabe não somente os livros como todo o resto de coisas que ocupam o espaço físico de uma humanidade que cresce a cada dia, e com ela a vontade de inovar e melhorar o que já existe.
Hoje por exemplo já é possível ao homem dar ordens a uma máquina apenas com o pensamento( matéria do Fantástico). Quem sabe se no futuro não haverá um mecanismo em cada cérebro para receber conteúdo online via satélite?
Vale como reflexão...