quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mas e a imparcialidade?

Um dos princípios éticos do jornalismo é a imparcialidade. Ela significa "aquele que não se deixa corromper, que julga sem paixão, que não sacrifica a verdade e a justiça a considerações particulares". Resumindo: o neutro. Mas não foi isso que vimos nas capas dos jornais no início da semana.

Pode ser que não, mas a foto de Gabeira de toalha no dia seguinte de sua virada eleitoral, enquanto Eduardo Paes segue beijando criancinhas e com a imagem tradicional do "bom político", põe em risco o potencial do candidato do PV no segundo turno.

Não sei se foi proposital, pode até ser que não (o que acho difícil!), mas as fotos recaem sobre a imagem do Gabeira do passado, o defensor da liberação da maconha, da figura hedonista e anarquista que veste tanga...

Hoje, aos 67 anos, enquanto Gabeira tenta manter a imagem do parlamentar responsável e sério (Será?), que luta por seus ideais e dá cotoveladas em tumultos na Câmara, a mídia vem tentando "martelar" o jovem rebelde do passado. Resultado de uma mídia "direitista" e submissa aos caprichos dos "poderosos".

Hoje, num período de democratização da comunicação, emissoras de radios e TV e jornais impressos deveriam nos ajudar a eleger o mais responsável; deveriam agir com o máximo de eqüidade possível para escolhermos quem realmente terá disposição para reconhecer as necessidades do município.

Se Gabeira de toalha ajuda ou atrapalha, não sei. Sei que nessas horas me sinto envergonhado de ser jornalista; com esses maus exemplos de total falta de caráter.

8 comentários:

Unknown disse...

Votei em Gabeira no primeiro e votarei no segundo turno. Quanto a imparcialidade no jornalismo... Lamento lhe informar, mas isso não existe,e nunca existiu. Quando se escreve você mesmo que sem querer acaba por expor o seu ponto de vista em relação a algo ou alguém. Portanto sua imparcialidade vai por água a baixo.

Gostei desse post. Pode deixar que o texto vai sair, tá?!
Bjs!


http://maynabuco.blogspot.com

Anônimo disse...

Imparcialidade? hahahaha.....
A melhor resposta prá isso é votar em Gabeira também no 2º turno. Chega de Mauricinho engomadinho! Com tanga ou sem tanga a boa é Gabeiiiiiiraaaaa!!!!!!!

fern.Saol disse...

pior que essa foto da toalha "à la vovó moderninha" foi idéia do marketeiro do Gabeira. Não acho que influencia em nada, pois quem não vota em Gabeira, não votará jamais. O perfil político do Gabeira é muito distinto, o eleitorado mais conservador não admite que um liberal entre no poder. Mas a onda verde vai se espalhar...

Anônimo disse...

Por isso que eu não discuto política... É um assunto sem assunto, pq por mais que vc queira relatar, expressar o seu ponto de vista, sempre tem um engraçadinho contra vc. Por isso eu acho ridículo a posição de Gabeira até mesmo qdo ele falou do subúrbio, foi um infeliz nesse comentário... mas, prefiro não comentar. Nando, parabéns pelo seu blog, adoro isso aqui! Continue expondo suas idéias e se expressando SIM!!!! PA-RA-BÉNS! BEIJOS... ROBERTINHAAAAA!

Anônimo disse...

Por isso que eu não discuto política... É um assunto sem assunto, pq por mais que vc queira relatar, expressar o seu ponto de vista, sempre tem um engraçadinho contra vc. Por isso eu acho ridículo a posição de Gabeira até mesmo qdo ele falou do subúrbio, foi um infeliz nesse comentário... mas, prefiro não comentar. Nando, parabéns pelo seu blog, adoro isso aqui! Continue expondo suas idéias e se expressando SIM!!!! PA-RA-BÉNS! BEIJOS... ROBERTINHAAAAA!

Anônimo disse...

Falando em Democratização da Comunicação, essa é a semana destinada a isso. O Rio vai promover uns eventos e tudo mais, mas eu não estou realmente vendo isso ser divulgado. Só sei porque preparamos uma lauda para o mural da Rádio MEC sobre o assunto. E cá entre nós, no fundo,no fundo, jornalismo que é jornalismo não é nem um pouco imparcial. Ossos do ofício. Nos resta refletirmos se estamos preparados pra fazer esse jogo. Eu tenho lá minhas dúvidas.
(A propósito, Fernando, preciso de sugestão de pautas!!!)
Abs!

Flavio Costa disse...

Fernando.

Não quero ferir qualquer princípio do jornalismo, muito menos questionar definições de dicionários (ainda que definições possam ser questionáveis), entretanto, acredito que cada jornalista deveria ser o mais parcial possível.

A opinião, hoje, é fator diferencial no jornalista. Este pode expor os fatos assim como aconteceram, em sua mais perfeita ordem, e posteriormente, manifestar opinião sobre seu curso, causas, efeitos, meios, fins, sem ofender qualquer ética.

Manifestar opinião contra ou a favor a qualquer assunto está longe de qualquer maniqueísmo. Trata-se apenas de ilustrar o momento com o que se pensa.

Prefiro saber que o “Estadão” é de direita e apoia o DEM, do que acreditar no jornal “O Globo”, que usa as notícias para orientar às pessoas da maneira que quiser, de acordo com a situação que mais lhe favorece, seja governo ou oposição, esquerda ou direita etc.

As revistas “Caros Amigos”, “Carta Capital”, “Piauí”, e o jornal “A Tribuna da Imprensa” são exemplos claros de mídia parcial, com ideologia (“de esquerda”) explicitada, que relata os fatos, criticando ou concordando com as posições assumidas pelos atores do evento em questão.

Nessa linha parcial seguem diversos jornalistas de gabarito que saíram das Organizações Globo justamente por discordarem de lerem as notícias com antolhos amarrados às cabeças, dirigidos por editoriais/editores mal intencionados, que servissem às ordens do dia do então Dr. Roberto. Dentre eles, Paulo Henrique Amorim, Eliakim Araújo, Leila Cordeiro, Carlos Nascimento, Luiz Carlos Azenha, Lilian Witte Fibe, Ana Paula Padrão, Roberto Cabrini, Fernando Vanucci (demitido por comer um biscoito no ar) e Maurício Torres (demitido quando transmitia jogo de futebol em certa tarde, durante a semana, quando emendou o comentário de que aquele era um horário muito difícil e que "os desocupados preferem um motel") e outros que viveram o Leviatã do jornalismo brasileiro e saíram para manifestarem suas opiniões, longe da guilhotina global.

Portanto, defendo a parcialidade no jornalismo, seja ela oriunda do Jabor, Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi, Ricardo Boechat e Ricardo Noblat ou do PHA, Mino Carta, Helio Fernandes, Emir Sader, Carlos Chagas...

...e que as pessoas julguem o que estão lendo, pois são as únicas responsáveis por suas escolhas!

Um grande abraço.

Unknown disse...

o teu blog ta show fernando!
parabéns!
bjão amanda. n vou discutir sobre politica rs.